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Mostrando postagens de 2007

E AGORA...

Se eu não brinquei de bola? Se eu não fui criança? Se eu fui a esperança? E agora? Já se passaram as horas? A vida nada melhora, E eu não tenho vontade de ir embora? E agora? Se eu não tive infância? Se eu não fui criança? Se eu não cresci brincando? Mas cresci amando? Eu não brinquei, mas sorri, Soltar pipa eu não sei, Mas amar eu aprendi. E agora? O que faço, Tenho que ir embora, E assim o destino eu mesmo traço... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

MIGALHAS...

Eu só quero um pouco d'água, E um pedaço de pão, Eu só quero algo, Pra acalmar meu coração, Eu não quero mais ver, O mundo ser a ilusão. Eu só quero, Algo pra comer, Não quero mais, A fome ver, Eu quero que a vida, Melhor possa ser. Eu só quero um pouco d'água, Apenas isto e nada mais, Não ver mais ninguém, Sem rumo e sem paz, Não quero mais ver, A vida andar pra trás. Só quero um pedaço de pão, Um pedacinho e só, Eu quero mudar o mundo, E ver a vida ser melhor, Eu quero liberdade, Eu quero que de mim tenham dó. Eu quero amor, alegria, Paz, saúde e esperança, Eu quero ver o mundo inocente, Quero voltar a ser criança, Quero água, quero pão, Quero aquilo que a gente não alcança. Mas eu só quero um pouco d'água, Quero água pra tomar, Quero que todos, Aprendam a amar, Quero o que todos querem, Quero ver o mundo mudar. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

NUNCA MAIS...

Eu não vou acreditar, Que tudo pode ser melhor, Eu não vou chorar, Quando eu estiver só. Acreditei em tudo e nada, Acreditei em amor, Mas a vida é desgraçada, E a gente sofre grande dor. Como posso caminhar na rua? Não sei como sonhos de novo ter, A saudade está nua, Como posso assim viver? Eu via pássaros e flores, Eu via uma gota de esperança, Eu perdi tudo, até meus amores, Eu queria voltar a ser criança. Eu queria ir embora, Eu queria ter alegria e paz, Mas agora, Nunca mais... Autor: Oziel Soares www.ozielpoeta.blogspot.com/

UMA MENINA TRAGÉDIA...

(Baseado em fatos reais) Minha caneta não é digna, De contar a sua história, Desvendar o seu enigma, Se eu conseguir, sou campeão sem glória. Lembro-me de ti, Sempre feliz, Sorrindo pra mim, Seu carinho sempre quis. Lembro-me de ti agora, Das vezes que brincamos, Eu ficava triste quando ias embora, E em nossos olhares nós nos amamos. Nós éramos criança, Você pura e inocente, No seu rosto esperança, De a vida ser diferente. Até que um dia eu parti, E só ficou a saudade, Seu rosto nunca mais eu vi, Nossos sonhos não se tornaram realidade. Anos se passaram, Ainda havia recordações, As lembranças não se apagaram, Os laços de nossos corações. Mas a vida, É uma caixinha de surpresa, É uma ferida, Que traz dor e tristeza. Certo dia, Deram-me uma informação, Que tirou minha alegria, E despedaçou meu coração. O seu pai, que tinha por ti tanto zelo, Tinha lhe estuprado, E pra meu maior desespero, Dele você havia engravidado. E tinha ainda mais, S

A REALIDADE... (SOMOS TODOS MENINOS DE RUA)

São parques, estradas e pontes, Beleza no centro da cidade, Mas a gente vê tristeza aos montes, E a dor é a realidade. Papoco, Belo Jardim, Bairro da Paz, Sobral, 06 de Agosto, Taquari, Tu vai mas não sabe se volta mais, Mendigos miseráveis, o inferno parece ser aqui. E matam, roubam e morrem, São ratos da humanidade, E quando vem a polícia eles correm, E quem morreu deixou saudade. Somos pobres, somos miseráveis, A realidade é crua, Somos homens descartáveis, Somos todos meninos de rua. A realidade é a dor, Violência, desemprego, lixo, Vivemos de favor, O homem é um bicho. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.oziel.poeta.blogspot.com/

NÃO MAIS...

Eu chorava, e já não chorO mais, Eu amava, e já não amo mais, Eu sorria, e já não sorrio mais, Eu vivia, e já não vivo mais, Eu pulava, e já não pulo mais, Eu cantava, e já não canto mais, Eu gritava, e já não grito mais, Eu odiava, e já não odeio mais, Eu fazia, e já não faço mais, Eu corria, e já não corro mais, Eu gostava, e já não gosto mais, Eu estava, e já não estou mais, Eu era, e já não sou mais, Não mais... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

VAGABUNDO...

O que é a vida, Quando não se pode amar, O que é o mundo, Quando a felicidade não se consegue encontrar. O que sou em meio ao mundo, Onde alguns caminham em vão, O que é o amor quando só se encontra ilusão. Sou apenas um pássaro, No céu a voar, Sou peregrino no mundo, Que não sabe o que é amar. Qual é a razão De existir? Que futuro tenho, Senão consigo fazê-la sorrir? O que sou E o que serei? Se pra sempre, calado, A amarei? O que faço Se não posso amá-la? Sofrerei... Pois não consigo dos meus sonhos tirá-la. Sou vagabundo, A vagar na solidão, Sou inútil poeta, Pois não consegui conquistar seu coração. Eu queria tanto, Poder amá-la e ser feliz, Coitado de mim, Pois do amor sou aprendiz. Sou vagabundo, Por amá-la demais, sonhei tanto com ela, e hoje já não tenho paz. Não sei até quando, Vou amá-la sem parar, Não sei até quando, Com ela vou sonhar. Talvez eu ame-a, Infinitamente, Tudo se passou, E acabou tão de repente. Acabou e passou-se, A

A VIDA É UM MENINO QUE CHORA...

A vida é um menino, Que intensamente chora, Ocultando um rosto lindo, E sua alegria foi embora. Ele não pula, não grita, Apenas chora e nada mais, Assim é a vida que faz que eu repita, Que ela é um menino que chora sem paz. Ela é repleta de violência, O menino que clama, Que procura a moral e a decência, Que a liberdade chama. O menino que não faz mais nada, A não ser chorar, Que vida desgraçada, Que não ensina a gente amar. Não nos dizem o que é paixão, Não nos ensinam o que é amor, Não se sabe como funciona o coração, E o menino chora e sente no peito uma árdua dor. Vi um menino arrastado na rua, Vi ali a vida dilacerada, Vi a realidade caminhar nua, vi o mundo segui uma longa estrada. A vida é um menino que chora, Ao ser arrastado por um carro, E sua vida foi embora, E o mundo continua com drogas, bebidas e cigarro. Tiram-lhe a vida, Mataram uma criança, A felicidade destruída, E o mundo segue sem esperança. A vida é triste, é cruel em circ

"MÃE, LÁ NO CÉU TEM PÃO?"

Falaram- me de uma criança, Que no mais triste do sertão, Onde a fome faz matança, Disse: "Mãe, lá no céu tem pão?" E após isto dizer, Uma frase tão doída, Veio nos braços de sua mãe morrer, E partiu mais uma vida. "Mãe, lá no céu tem pão?" Nunca mais esquecerei, De pensar parte o coração, Pois mudar o futuro, talvez não conseguirei. Qual será a dor, De não ter o que comer, Que vida sem amor, Muitos na miséria tem que viver. A criança cumpriu seu destino, Morreu de fome, num país sem união, Mas este será do Brasil um futuro hino, "Mãe, lá no céu tem pão?" Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/