Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de 2011

ESTOU CANSADO...

Eu preciso mudar. Definitivamente. Estou cansado dessa gente. Que finge que ama, que adora. Estou cansado de olhar no espelho e ver que não cresci. Que sou a mesma criança boba de 15 anos atrás. Parece que não aprendi nada, e o tempo que passou parece não ter servido de nada. Estou com medo. Estou com frio. Já me feri tanto tentando ser o que sempre fui. Não chorar, não sofrer. E sempre determino chorando e sofrendo. Tento não ferir, não magoar. Acabo ferindo e magoando. Preciso mudar. Minhas atitudes, meu modo de ser. Gosto do que penso, do faço e às vezes do que sou. Mas não dá mais. Preciso muito mudar. Por mim, pelos outros, por você... Ainda serei o mesmo, prometo. Ainda amarei da mesma forma. Desculpa-me! Preciso tanto mudar. Não consigo mais seguir assim. Está doendo muito. Não sei se suportaria por muitos anos. Serei sempre o menino que aprecia a chuva, que gosta de sorvete, que chorou ao assistir ”Antes que o dia termine”, que não sabe nada, que odeia futebol (verdade!), e

E CHOVE...

Olha! Está chovendo lá fora! Ah! Chuvas nem sempre são tão inocentes. Os pedaços de gelo se chocam com o teto daqui de casa. Meu teto? Sim, é de vidro! As paredes tremem com o bater das águas. E agora? Sinto-me como aquela criança que corria para perto da mãe ou pai com medo do barulho do trovão – eles não estão aqui! Mesmo assim corro para a porta para ver a beleza do raio que cortava o céu lá fora. E os pingos doem tanto! Confesso-te ter vontade de me esconder debaixo da cama. Aquela cama que quase toda noite ao dormir sobre ela, eu sonhava contigo e/ou pensava em ti. Confesso, a chuva me traz de volta seu rosto, seu toque e seu perfume. Os químicos me diriam como? “– A água é insípida, incolor e inodora”. Mentira! A água da chuva é tão diferente. Quem nunca sentiu o amargo, não viu a negrura e o perfume da chuva? Quem nunca deixou que juntos com as águas deixassem algumas lágrimas dos olhos. Aliás, parece até que você nunca chorou! Não por minha causa. A chuva me trouxe você! Se

ARREPENDO-ME

Arrependo-me de não ter dito o que sentia, Arrependo-me de sentir o que dizia, Arrependo-me da flores que não dei, Dos sonhos lindos que pra trás deixei. Arrependo-me de ter sentido tanto medo, Das palavras precipitadas! Era muito cedo! Arrependo-me de ter dito a verdade, Era tão simples! Por que causou tanta infelicidade. Arrependo-me de não ter olhado para o céu, Não ter comtemplado o cheiro das rosas, ter provado fel, Arrependo-me de ter sido tão amargo assim, Faltou-me inocência! E se agora já for o fim? Arrependo-me dos beijos que não pude dar, Das vezes que fugi, quando meu desejo era abraçar, Arrependo-me de fugir sempre na hora errada Aqui dentro? Só eu, você, mais nada... Arrependo-me, mas ainda estou aqui, Quero olhar o horizonte, verseu rosto e sorrir, Arrependo-me, mas com meus "mas" vou viver, Arrependo-me, amor! Você nunca vai me entender...! Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

ONTEM À NOITE....

Tive um sonho. E foi-me pertubador! Sabe quando o sonho nos parece tão real! E que choramos e quando acordamos temos vontade de continuar chorando! Quando a dor do sonho parece continuar quando acordamos! Sabe, já sonhei caindo de algum lugar e senti aquela sensação que realmente cai na cama. É! Eu sempre sonho. Mas não como ontem à noite. Sonhei perdendo alguém que era muito importante pra mim. Sonhei com um de meus maiores pesadelos, pois realmente esse alguém é muito importante pra mim. E chorei. Ah! Como eu chorei! Como a criança que perde seu brinquedo favorito, que o ama a ponto de não querer trocá-lo pelo mais lindo, perfeito e caro brinquedo. É aquele brinquedo que ela ama. Eu tive brinquedos assim. Alguns que me esforçei para guardá-los por longos anos, mas que perdi, embora fizesse muito esforço para não perdê-lo. Chorei por senti quase que a mesma perda e embora no sonho eu lutasse para não perder meu alguém, perdi. E chorei. Procurei e não encontrei. De repente achei tê

TANTA COISA...

Na verdade não sei, O que estou prestes a escrever, Talvez o relato de lágrimas que chorei, Ou de coisas que não consigo entender. Já feri tanto as pessoas, Não consegui cumprir várias promessas, Já me feriram mesmo com intenções boas, Já perdi tempo em inúteis conversas. Fiz coisas que não consigo fazer mais, Já senti tanto medo a ponto de chorar, Cantei canções tão especiais, Hoje já não consigo nem ao menos cantar. Deixei verdades que eram absolutas, Alguns que me amaram deixei pra trás também, Não entendo como contra o futuro a gente luta, E comigo agora parece não ter ninguém. As vezes preciso ficar sozinho, As vezes não quero fazer nada, As vezes páro no caminho, E é tão difícil prosseguir a caminhada. As vezes queria voltar, Àquele passado que me fez tão feliz, Mas não consigo! Não dá! Pois nada aconteceu como eu quis. Talvez essa seja uma daquelas, Crises existenciais, Mas me dói ter sido levado as coisas mais belas, E mudar meu passado já nã

O TEMPO... (AINDA HÁ)

O tempo me mata. Mas ao mesmo tempo me faz voltar a viver. Por que nos incomoda tanto a ideia do tempo perdido? A ideia de que o tempo passou e não fizemos tudo que podiamos fazer? Quando na verdade é o que queriamos fazer e que não fizemos? Quando algo está engasgado e não dissemos por falta de tempo. Ou não foi o tempo? Por que lutamos tanto até nos cansar e mesmo "vencendo" a nossa batalha ainda nos sentimos derrotados? O que dói mais: é encarar que o passado já foi e não pode ser mudado ou que o amanhã sempre virá (embora nem sempre temos essa certeza) e outra vez teremos que lutar? Ou o tempo diminuiu ou nós crescemos demais para ele? Lembro-me dos dias chuvosos que parecia uma eternidade pra mim. Dos jogos de "tacobol" que levavam tarde tão longas que começavam ensolaradas, corriam nubladas e as vezes terminavam ensoladas? O que houve com a gente? Crescemos? O tempo passou? Ou nós passamos? De onde? Dos belos momentos da infância para uma vida medí

SILÊNCIO...

As vezes não tenho palavras, As que tenho estão engasgadas, Sei que sairão um dia, Mais nada... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

RAZÃO DA VIDA...

O que me dá mais medo? O que vivo ou o amanhã? Acordar e perceber que não é mais cedo? E que perdi-me em coisas vãs? O que me assusta? As palavras lindas demais? As promessa que são muitas? Ou a procura de encontrar a paz? Eu olho para o céu, E me vejo tão perdido, Quisera pôr no papel, A minha dor do não vivido. O tempo passa, E isso dói tanto na gente, E não há nada que se faça, Para que o passado seja diferente. Meu medo é acordar, E não haver mais nada, As palavras engasgadas não poder falar, E se você não for amada? Peço-te ame, pule, clame, chore, Não tenha medo de sofrer, Se não te ouvirem grite, implore, A razão da vida? Será sempre viver... (Dedicado à Ana Paula Xavier) Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/