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Mostrando postagens de novembro, 2015

AOS ÓRFÃOS DO MUNDO...

Aos que órfãos são, Um grande abraço, Daqueles que durarão, Sem tempo, sem espaço. Aos órfãos do mundo, Um perdão sincero, Que vêm a este mundo imundo, Que nem sempre é tão belo. À todos que não conhecem seus pais, À aqueles que isto já nem querem, Sei que agora tanto faz, Por isso nunca os esperem. Um beijo na alma, E que ele tenha tanto poder, Pra lhes trazer a calma, Pra lhes dar força pra viver. À todos que moram com tios e avós, Irmãos, ou não parentes, Seus sentimentos invadem cada um de nós, Eu juro: queria que fosse diferente. Queria que cada um nascesse, Ainda que em uma estrebaria, Com seus pais também crescesse, E seus natais fossem sem essa agonia. Sinto as dores de vocês, Seus medos nas madrugadas, A ausência dos aniversários que ninguém fez, A presença daquilo que se chama nada. Vocês órfãos me escutem, Não estão assim tão sozinhos, Contra essa solidão lutem, Existe um “cara” que nos dá carinho. Por que órfãos, queridos! Todos nó

UM ALGUÉM (VEJO LÁGRIMAS)...

Vejo lágrimas rolarem, Em rostos que aos poucos conheço, Enquanto os motivos estão a me contarem, São tantas [lágrimas], mas de nenhuma  me esqueço. Vejo lágrimas por tantos motivos, E confesso sentir a mesma dor, Por milésimos sinto que vivo, A mesma falta de paz, abrigo, amor. Vejo lágrimas todos os dias, De meninos e meninas de almas mutiladas, Que se o tempo voltasse não errariam, E não acreditariam em contos de fadas. Vejo lágrimas que não são minhas, Pois meus olhos tiveram que secar, Para que estas descessem sozinhas, Apenas minha alma agora pode chorar. Vejo lágrimas até quando? Esse tempo aqui não para, Não cessam-se os prantos, A ferida? Ela nunca sara? Vejo lágrimas e me importo, Eu sei o que está por trás, Sei que dia estaremos mortos, Hoje? É que o futuro tanto faz. Vejo lágrimas e as sinto, Elas escorrem aqui por dentro também, Dói, é claro! Não minto, Mas serei sempre um ouvinte, um alguém... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.oz

ABRIGO...

Já feriram-me tantas vezes, Com palavras que todos suportariam, Durante muitos e muitos meses, Criticaram-me tanto, muitos não aguentariam. Já senti-me tão só, Que nem parecia estar ali, Já ouvi palavras que sabia de cor, Jurava-se verdade, mas eu via aquele alguém mentir. Quis fugir então, Sem saber pra onde, Sim, eu senti depressão, E descobri que tem coisa que não se esconde. Estive em cada lugar, Que estar nunca pensei, Fiz coisas de arrepiar, E os motivos eu já nem sei. Tive medo de verdade, De morrer só e sem amigo, Porque na vida a tal felicidade, É quando temos alguém pra fazer de abrigo. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/