Às vezes tão fortes parecemos,
Veem gigantes quando olham para nós,
Porém somos os únicos que sabemos,
O quanto está entalada nossa voz.
É difícil lágrimas segurar,
Quando a dor grita ao ouvido,
E a gente quer também gritar,
Porque a guerra não aceita feridos.
E quando nos olham,
Dizemos que está bem,
E nosso rosto não se molha,
Porque a dor ensina a fingir também.
Às vezes é aquele abraço,
Que desperta nossa dor,
E fugimos do carrasco,
Daquilo que um dia chamamos de amor.
Às vezes é um sorriso,
E um olhar bem mais sincero,
É o que mais preciso,
E na verdade eu nunca espero.
Não sou tão forte quanto pareço,
Sou frágil como porcelana,
É que às vezes eu esqueço,
Que a si mesmo não se engana...
Autor: Oziel Soares de Albuquerque
www.ozielpoeta.blogspot.com/
Comentários