Sinto o peso do tempo, O peso de tudo que passou, Já vivi tantos momentos, Mas sinto que crianças ainda sou. Sinto que as horas já não são iguais, Que até o relógio mudou, Nem os anos duram mais, E bem cansado já estou. Sinto saudades das coisas passadas, Embora nem passadas sejam tanto assim, É que quando se é jovem não se valoriza nada, E nem se pensa no quanto tudo tem um fim. Sinto as tristezas e dores, As felicidades e alegrias, Dias negros, cinzas e de cores, Lembro do que jamais imaginei que lembraria. Sinto o peso das memórias, Que me atormentam de manhã, O medo de ser inútil a minha história, E de ser como tantas outras, vã. Sinto que o tempo, Passa rápido para alguns, Que nos rouba os melhores momentos, E que ele, nessa vida de mortais, não perdoa nenhum... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/
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