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Mostrando postagens de maio, 2016

SINTO O PESO DO TEMPO...

Sinto o peso do tempo, O peso de tudo que passou, Já vivi tantos momentos, Mas sinto que crianças ainda sou. Sinto que as horas já não são iguais, Que até o relógio mudou, Nem os anos duram mais, E bem cansado já estou. Sinto saudades das coisas passadas, Embora nem passadas sejam tanto assim, É que quando se é jovem não se valoriza nada, E nem se pensa no quanto tudo tem um fim. Sinto as tristezas e dores, As felicidades e alegrias, Dias negros, cinzas e de cores, Lembro do que jamais imaginei que lembraria. Sinto o peso das memórias, Que me atormentam de manhã, O medo de ser inútil a minha história, E de ser como tantas outras, vã. Sinto que o tempo, Passa rápido para alguns, Que nos rouba os melhores momentos, E que ele, nessa vida de mortais, não perdoa nenhum... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

NENHUM REMÉDIO...

Aprendi a curar, As piores as dores sozinhos, Os cravos tirar, E arrancar dos pés os espinhos. Aprendi que para algumas dores, Não existe nenhum remédio, E que nem mesmo amores, Removem feridas e o tédio. Descobri que as feridas, Fazem parte da gente, As cicatrizes da vida, Nos tornam tão diferentes. Descobri que cada marca no corpo,, É parte do que somos, E que só assim nos tornamos outro, E até esquecemos o que já fomos. Entendi que quem cura é o tempo, Ele se responsabiliza de sarar, E que é inútil as várias vezes que tento, Esconder, pois nunca dá. Entendi da forma mais cruel, Com dores em toda parte, A sorrir com o gosto amargo do fel, E fingir que viver é uma arte. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

HÁ QUEM AQUI NÃO ESTÁ MAIS...

Há quem não acredite em amores perfeitos, E quem nem acredite em perfeição, Há quem desistiu de reparar defeitos, E de esperar os que nunca virão. Há quem já não fale a verdade, Porque na verdade já cansou de dizer, E há quem não acredite em felicidade, Há quem já desistiu de viver. Há quem já se decepcionou tanto, E já nem sabe o que é amor, E para dar lugar ao pranto, Se vão as alegrias e vem a dor. Há quem não sabe dizer adeus, Há quem acredita que nunca vamos embora, Há quem um dia o encanto perdeu, E até esqueceu a noção das horas. Há quem não acredite mais em nada, Nem ao menos em si mesmo, Há quem descobre que essa vida é "desgraçada", E quem nos importamos vão embora assim tão cedo. Há quem procure resposta, Há quem nunca encontrou, Há quem procure uma porta, Há quem nunca sequer chorou. Há quem espera, Há quem se foi, Há quem não é mais quem era, Há quem tem medo do que vem depois. Há tanta gente aqui, Com histórias tão iguais, H