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Mostrando postagens de 2017

ATÉ QUANDO LAUDOS NOS COLOCARÃO LIMITES...

Até quando permitiremos que nos digam quem somos? Até quando laudos nos colocarão limites? Até quando para o mundo seremos quase gnomos? Até quando sobre nós terão tantos palpites? Até quando seremos dois? O que vemos e o que eles veem em nós? Até quando deixaremos pra depois, Aquela tentativa de que escutem nossa voz? Até quando nos dominará a ansiedade? E o medo ser nosso maior aliado? Até quando nos exigirão buscar a felicidade? Sem que nem eles a tenham encontrado? Até quando nosso rosto assim tão belo, Pra ser amado não será suficiente? Até quando nos prenderão na mais alta torre do castelo? E nos tratarão como um doente? Até quando tomarei remédios, Eles só me fazem piorar, Eles só escondem esse meu tédio, E minha vontade de sair pra não mais voltar. Até quando essa tortura? E toda essa cobrança? Não! Não estou à beira da loucura, E na verdade, eu já não sou mais uma criança... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

ESTAR AÍ, MAIS NADA...

Às vezes eu só preciso, E o que quero é voltar pra casa, Em silêncio, ao teu lado e no teu abraço ter abrigo, Estar aí, mais nada. Aqui fora às vezes é tão difícil, E eu sei o quanto aguento, Sou mais seguro que qualquer edifício, Mas só você acalma meu tormento. Aí é sempre tão seguro, Nossa casa, que nem é nossa, é tão perfeita, Sei que não são só os muros, E sei que estou protegido, quando você ao meu lado deita. Espera-me, viu? Voltarei sempre na mesma hora, E se meu coração você não ouviu, Ele disse: queria não ter que sair agora... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/ P.S.: Está chegando, Tayra Furtado: 5 anos de casados...

COTIDIANO...

Estamos jogando nossas horas fora, Nossa vida fora, Trocamos amor por poucos centavos. Vendemos nossa saúde para comprar remédio, Vendemos a vida, Para comprar a fuga da morte. Estamos apressados para ir deixar nossos filhos na escola, Queremos chegar cedo no trabalho, Fugimos do trânsito, Nossos ouvidos não querem ouvir mais música, Querem o silêncio. Tomamos tantos comprimidos que eles já nem fazem efeito. Estamos jogando nossa vida fora, Pois isso que fazemos não é viver. Não tomamos mais banho de chuva para não adoecermos, Mas, fazemos hora extra e trabalhamos mais do que deveríamos, Porque se adoecermos temos como pagar. Pagaremos outra vida? Outra chance? A vida tem um botão para reiniciar? Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

SABOTAR-SE...

Olhe no espelho, Veja o que há de melhor em você, Pra desistir é sempre cedo, E não há o que temer. Sabe, você é capaz, És igual àquele que já venceu, Que achou que não podia mais, Mas encontrou a força do próprio eu. Arranque o pensamento torto, Todo dia dê os vinte pulinhos, Sei que seu espírito não está morto, E que ainda estais nesse caminho. Não desista, valente, Eu já estive aí, Sempre há quem não acredite na gente, E coisas que nos fazem querer desistir. De longe, já estamos tão perto, É bem ali na esquina, E tudo parece tão incerto, Aí dentro, procure aquele menino ou menina. Feche os olhos e sinta, A tempestade passará, Só pra si mesmo não minta, Ou se permita se sabotar... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

DESISTIR...

Para todos aqueles, Que já desistiram da vida, Que não têm mais prazeres, E não se importam em como tudo isso termina. Para todos que tomaram uma decisão, Desistir, e não mais lutar, Que já não se importam com os que ficarão, Que só querem ver isso tudo acabar. Para todos, de todas as idades, Que preferem não viver mais, Que não lembram o que é felicidade, Ou por um minuto sentir um pouco de paz. Para todos que estão no meio do vendaval, E que sentem-se mais sozinhos a cada dia, Que perderam o bem, e só restou o mal, Que se tivessem outra chance, o passado mudaria. Para vocês, meus amigos, Existe um outro lado, Vocês correm um terrível perigo, De por si mesmos serem sabotados. A tempestade não é tudo, Ainda não é o fim, Ainda não findará o mundo, Embora vocês queiram assim. Fácil a vida nunca será, Nunca foi pra ninguém, O sol sempre brilhará, Mas a noite sempre vem. Tente, por favor, Dê a si mesmo uma nova chance, Encontre aquela criança que

É POR SONHO QUE SE VIVE...

Como corre atrás, De algo que não é para mim? Como ter que fazer sempre um pouco mais, E lutar por essa mentira que parece que nunca terá fim? Como deixar de lado os sonhos meus, Se no fundo é tudo aquilo que sou? E os que me obrigam, nunca viveram nem os seus, E me arrancam a chance de fazer algo por amor! Como fugir dessa prisão, Se foi nela que nasci? Ser mais um na multidão? Sendo aquilo que não escolhi! Como lutar se estou sozinho? Se meu sonho não importa? Se nessa estrada que caminho, Sempre parecem fechadas todas as portas? Como travar uma guerra já vencida? Eles não veem o quanto estou aflito? E não é minha esta vida? Ou eles não ouvem, embora sempre grito? Sairei desta gaiola? Seria talvez assim tão livre? Eles entenderão a qualquer hora, Que é por sonhos que se vive? Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

AOS BIÓLOGOS DE AGORA (E ÀQUELES QUE AINDA VÊM)...

Aos que da vida, Entendem o verdadeiro sentido, Aos que lutam ainda, Para que não perca um único ser vivo. Àqueles que não têm medo do escuro, Que é lá que tudo acontece, E sabem que para descobrir há um mundo, E que na natureza, quem é adaptado prevalece. Aos que sabem que o tempo, Breve findará, Se talvez nesse momento, Os braços a gente não cruzar. Porque sabem que nada, Nasça talvez em vão, E cada árvore derrubada, Era parte desse chão. Aos que choram, Por cada espécie que se foi, E que ao mundo sempre imploram, “Façamos algo, ou sofreremos depois”. Aos biólogos de agora, E àqueles que ainda vêm, Obrigado por nos fazer ver a aurora, E nos ensinar as belezas que a vida tem... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

AMANHÃ LEMBRAREI AINDA...(Àqueles que têm seus pais biológicos distantes)

Deus, hoje minha carta é tão dura, Não quero pedir nada por mim, E como ainda sou uma criança imatura, Perdoe-me por ser tão sincero assim. Hoje falo sobre pais, Uma figura, nesse mundo, tão importante, Escrevo não por aqueles que já não o tem mais, Mas, por aqueles que sempre o tiveram tão distante. Eles precisaram dele um dia, Mas ninguém estava lá, Para proteger daquela agonia, Só aquele vazio fez aumentar. É que existem vazios, Que nada pode preencher, Ausências que nos tornam tão frios, E nos destroem sem a gente perceber. Alguns apenas nos geraram, E onde estão eu já nem sei, Alguns nunca nos ligaram, "Até seu rosto, hoje quase não lembrei!" "Como esqueceu de mim?" "Eu que nada tive culpa?" "Minha saudade nunca terá fim!" "Como vencerei nessa vida tão maluca?" "Eu já tive o abraço, Embora agora nada é igual!" "Ele não me viu dar o primeiro passo, Nem saberá o que serei afinal!"

JÁ NÃO LEMBRO O QUE COMI...

Estou tão no automático, Que já nem lembro o que comi, Um viver dinâmico-estático, O tempo passou e ainda não percebi. Meu relógio é o mesmo, De 10 anos atrás, Mas meu maior segredo, É meu medo de as horas não saber mais. Meus minutos, viraram segundos, Meus dias, viraram horas, Já chegou o fim do mundo? Saberemos quem estava certo agora? Hoje o dia findará, E não farei nada do que preciso, Só sei que preciso lembrar, Que estou aqui e ainda estou vivo. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

DEUS EXISTE NO SILÊNCIO...

Deus existe no silêncio. Não está nas canções bonitas. Nos passos, campanhas, maneiras, etapas rumo ao nada. Não está no avivamento, nas celebrações formais ou nas novas formas do que chamam adoração. Deus não está nos púlpitos, nos palcos, na sacristia, no altar. Deus, muitas vezes, não está em nós. Não está em nossas pregações, sermões, bate-papos, palavra forte e profecias. Sim, Deus não está nas nossas profecias. Elas são nossas profecias apenas. Deus não está em nada que é nosso. Nossas igrejas, nossa teologia, nossos templos, nossa doutrina, nossos cultos, nossos encontros, nossas conferências. Deus habita naquilo que não é nosso. Naquilo que não entendemos. Não sentimos. Não criamos. Não controlamos. Não transformamos. Não ouvimos. Deus existe no silêncio... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

MINHAS VIAGENS...

Para onde mais longe fui, Nunca precisei sair do lugar, Onde nada me exclui, De onde ninguém pode me magoar. Minhas maiores viagens, As mais perfeitas que já fiz, Talvez foram só miragens, Mas, lá descobri o que é ser feliz. Não terei tempo, De ir a tantos "cantos", Não viverei tantos momentos, Embora eu deseje tanto. Só sei que vivo o aqui, Alguém já disse que o que importa é agora, Não importa aonde podemos ir, Ou onde estaremos daqui a poucas horas. Minhas viagens mais perfeitas, Foram a lugares que não existem, Lá maldades não são feitas, Não há dor, nem pessoas tristes. Sempre serei um viajante, A lugares diferentes, A um lugar tão, tão distante, Que não cabe no mundo da gente... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

UM DIA SEREMOS IGUAIS A VOCÊ...

Um dia, todos entenderemos o propósito da vida. Nesse dia, faremos dela algo muito maior. Um dia teremos um mesmo coração. Nele baterá forte o desejo de fazer algo mais. Um dia dormiremos em nossas camas, lembrando daqueles que não têm onde recostar suas cabeças. Festejaremos após ter levado pão àqueles que passavam fome. Um dia não desistiremos dos nossos sonhos. Entenderemos que a concretização deles mudará a vida de muita gente. Um dia choraremos com nossa impotência ante as enfermidades do corpo. Um dia vamos desejar que o amanhã seja melhor. Sonharemos os sonhos dos outros, por que no fundo nosso sonho é realizar sonhos. Um dia seremos fada, anjo, gênio da lâmpada e quase um deus para quem precisar. Um dia teremos esse coração. Nesse dia, seremos iguais a você... ( Dedicado à  Karoliny Andrade de Oliveira) Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

SEMPRE...

Sempre fazendo a coisa errada, Sempre fazendo o que não devia, Sempre quebrando a cara, E outra vez a procura de alegria. Outra vez mentindo, Outra vez sorrindo sem querer, Outra vez quase desistindo, E quase sempre sem me entender. Quase sempre fazendo o que os outros querem, Quase sempre sendo a mesma marionete, Quase sempre amando quem tanto me fere, Sempre achando que em mim não há nada que preste. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

NADA SERÁ TÃO IMPORTANTE...

Eu já vi a morte de frente, E ela até sorriu, Esperava que ela dissesse: Venha, entre! Porém, aos poucos ela fugiu. Solidão, a minha amiga, A mim nunca deixou, Permaneceu como uma ferida, E outra vez me abraçou. Olhei para trás, E tudo parecia tão distante, Pois quando a gente pensa que pode ir um pouco mais, Não deveria ir mais adiante. Marquei meu corpo, Com marcas que na minha alma haviam, Cortei os braços, para alguns sou louco, É por que não sabem o que eu sentia. A loucura? Ela um dia me beijou, Como uma velha amante imatura, Não imaginas quanto tempo ela ficou. Porém um dia, "Nada será tão importante", Porque aquilo que eu sofria, Será uma lembrança na estante. Levarei sempre comigo, Aquela mesma cicatriz, E ninguém saberá com o que lido, E o quanto às vezes, hoje, finjo ser feliz. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

JÁ CAMINHEI TANTO, PAI...

Meus pés estão tão cansados, Sinto que minhas pernas não respondem mais, Caminhei tanto e levei tantos fardos, Já caminhei tanto, Pai. Corri corridas que não devia, Andei em estradas que ninguém mais foi, Passo a passo, até a noite torna-se dia, E nunca sabia como voltar depois. Já te procurei em tantas igrejas de fachada, E minha vida tem sido essa procura, Mas Pai, eu já sei mais nada, Só sei que minha caminhada tem sido tão dura. Pai, o Senhor viu quantos me feriram? E que aos poucos levantei do chão, Por que todos depois partiram, A tantos outros ferirão? Já nem sei há quanto tempo, Estou caminhando assim tão só, E toda dor e meu tormento, Sei que um dia me fará melhor. Pai, de novo sem forças estou, Faz tanto tempo, não é? Andei tanto em busca desse teu amor, Que nem estavam comigo a Força e a Fé. Mas sigo aqui em frente, Sempre, sempre em tua direção, E embora batam tanto na gente, Pai, não voltarei atrás mais não... Autor: Oziel Soares de Albu

DE NÓS, NÃO DESISTA...

Quando você me conheceu, Claro que não viu meus defeitos, Com o tempo entendeu, Que eu não sou perfeito. Às vezes raiva sinto, Outras até elevo a voz, Sofro, não minto, Quando há algo ruim entre nós. Já dormimos brigados, Já pensamos em desistir, Reconhecemos que estávamos errados, Quantas vezes perdão tive que pedir. O medo já bateu à porta, A dúvida também, Mas com o tempo nada importa, Pois quase sempre estamos bem. Somos tão diferentes, Meu mundo é maluco, Já ficamos doentes, Já colhemos tantos frutos. Não é fácil como parece, É dirigir em perigosa pista, Como alguém que nem lhe merece, Peço, de nós, não desista. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/