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Mostrando postagens de 2019

UM PREÇO...

Erros têm preço. Todos eles, de qualquer natureza. Erros custam tempo. Segundos, minutos, horas, dias, meses e anos. Às vezes, muitos anos. Erros custam amizades. E, na verdade, amizades não custam nada. Por isso, amigos não se compram. Sabe, talvez é isso. Erros custam coisas que não se compram. Custam amor, esperança, paz. Erros, queridos, custam futuro. Sim, erros custam caro. Custam às vezes vidas. Ou vocês não lembram das tantas vidas que se foram por um alguém. Quem sabe erros se perdoam, mas, as consequências são irrevogáveis. Erros quase nunca são pagos na individualidade. Somos nós, o coletivo, que do de outrem, sofremos o agora. E agora é um tempo muito extenso. E assim, de tantos erros, já nem sabemos quem está certo. Acredito que ninguém está. Porém, erros custam nossos olhos e ouvidos. É que erros, custam caro. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

INVENCÍVEL...

Depois de tanto tempo, Palavras já não são suficientes, É que já foram tantos momentos, E cada um sempre diferente. Talvez a palavra seja gratidão, Por tudo o que você me fez, Aquela que será sempre a minha paixão, E que com você viveria tudo, tudo outra vez. São anos de perdas e vitórias também, E ao seu lado é sempre tão melhor, Minha pequena que sempre me fez bem, E todos esses anos nunca me deixou se sentir só. Sabe, vida! (Que assim que tenho lhe chamado), Sempre tratamos nossas feridas, E sempre, senti-me tão amado. Você é uma mulher incrível, Não mais aquela menina, Mãe, amiga, esposa invencível, Que sempre tanto me ensina. Sei que ninguém me amará, Amar desse seu jeito, Só tenho a vida pra tentar recompensar, Por cada instante tão perfeito. Um dia já fui só eu, Com o tempo fomos nós dois, E com os presentes que ganhamos de Deus, Somos como a carne, feijão, farinha e o arroz. Somos família completa, E você é a culpada, E uma coisa, amor,

SOBRE DIZER ADEUS...

Adeus é algo que não se aprende. Pois adeus é impossível de ser ensinado. Com ele se convive. Suporta-se. Não é como perder em uma viagem um bem querido. Adeus dói. A certeza de sua vinda não nos cria expectativas, e talvez por isso, e não só, nunca estamos preparados. O adeus não é algo que a razão entenda. E, embora a gente possa pensar exaustivas horas a respeito até termos enxaqueca, adeus não é compreensível. Adeus se convive. Apenas, convive-se. Ele traz culpas, medo e dúvidas. Milhares e milhares de incertezas. Porque QUANDO SE DIZ ADEUS, NINGUÉM TEM CERTEZA DE NADA. Aliás, somente e tão somente, a certeza de ter que dizer adeus. Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/

IMPOTÊNCIA...

Impotência... Não ser capaz de tirar a dor de um amigo e dizer que tudo vai ficar bem. Não ser capaz de fazer com que alguém esqueça aquele dia que outro alguém lhe violou. Não ser capaz de dar comida ao que tem fome, cobertor a quem tem frio e água ao que tem sede. Impotência... É não poder salvar a todo aquele que se embriaga diuturnamente como se o álcool fosse alimento. É não poder dar a toda criança aquela boneca famosa ou um carrinho de controle remoto. Impotência... É se importar tanto e isso lhe causar tanto sofrimento por não poder fazer absolutamente nada. É não ser capaz de dizer ao mundo que nossas crianças precisam de proteção. Impotência... É ver que todos só querem a sua fatia do bolo, e não ser capaz de dizer que o bolo é limitado... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/ P.S.: Sinto que não está completo, afnal todos nós temos nossas impotências e, metaforicamente, como as manhãs, elas se renovam...

OS DIAS QUE VIRÃO...

Haverão dias que não teremos tempo, De explicar o que aconteceu, Dias que o silêncio, Será o único discurso do nosso eu. Dias em que nada, Fará assim tanto sentido, Em que a palavra inflamada, Não arderá ao nosso ouvido. Serão dias tão curtos, Que alguns esqueceremos, As árvores terão seus frutos, Mas nós já não os comeremos. Toda madrugada será noite, Toda tarde será manhã, Toda crítica será um açoite, Toda certeza será vã. Chegarão dias que de tão estranhos, Na verdade dias não serão, E as gentes de todos os tamanhos, Ao contrário sim, caminharão... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/