Pular para o conteúdo principal

MENINA ISABELA

A vida é uma ferida,
Que nunca sara,
É o medo da partida,
É essa dor que não pára.

Nas manchetes dos jornais,
Só se falava em Isabela,
E tirando minha paz,
Sou obrigado a escrever sobre ela.

Ela só tinha cinco anos,
Pra morrer daquele jeito,
Quem são esses seres humanos,
Sem um coração no peito?

Jogada do prédio talvez,
Inocente, sem pecado,
Quem será que isto fez?
Que mundo desgraçado.

O sorriso da menina,
Ninguém jamais terá,
Mas ela existirá ainda,
Sua história irão contar.

Ela iria casar,
Ter filhos e tudo mais,
Iria se apaixonar,
E agora entre os mortos jaz.

Não posso esquecer,
O rosto e o sorriso de Isabela,
Que mudou o meu viver,
Pois hoje a vida, já não é mais tão bela...

(Dedicado à memória da menina Isabela jogada do sexto andar do prédio em que morava)

Autor:Oziel Soares de Albuquerque
www.ozielpoeta.blogspot.com/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A GENTE PRECISA DE TÃO POUCO PARA SER FELIZ!

Sabe... A gente precisa de tão pouco para ser feliz! Tão pouco para se sentir amado! A vida é deveras simples, mas complicamos tanto. Exigimos tanto do outro, exigimos tanto de nós mesmos. Insistimos tanto em errar, mesmo quando ouvimos um conselho de um amigo que dizia que aquele não era o caminho. Entenda... Tem coisa que não se precisa viver cem anos para se aprender. E tem coisas que nunca aprenderemos. Além disso, tem coisas que nunca viveremos. Nem todos iremos à lua, como nem todos são felizes facilmente. Para que ver a lua de perto, tocá-la, pisá-la? Se ela é tão bonita vista de longe! Às vezes a nossa felicidade já está na porta, mas sempre olhamos para aquela que não temos. Sempre estamos correndo atrás de coisas tão passageiras. Para que tanto dinheiro? Se a vida acaba em menos de um segundo! A gente tem tantos colegas e tão poucos amigos. Conhece tantas mulheres, mas só precisa de uma para ser feliz. Conhece tanta coisa e parece não saber de absolutamente nad

AQUELA MENINA...

Aquela menina Com os braços cortados, Tem medos, segredos, E também um passado. Ela não escolheu, Ou tão pouco pediu, Apenas sofreu, E essas marcas nem são do que mais lhe feriu. São marcas expostas E ela não pode apagar, Tem coisas que a gente não gosta, Mas na vida é o que há. Quem vê não entende, Às vezes só julga, A cicatriz só lhe prende, A lembrança não muda. E agora a cura, Só o tempo trará, A vida é loucura, Não queira ir pra lá. Seus medos guardados, São meus também, A menina e seu fardo, Não se vê um alguém. Ela se olha no espelho, E não vê quase nada, Elogiam o cabelo, Ela ri, mas se abala. Não queria ser vista, Na rua notada, Tem na mente uma lista, Em uma folha amassada. São os sonhos que tinha, Ou talvez ainda tem, Por fora rainha, Por dentro é ninguém. Ela ainda respira, E não sabe o porquê, É que aquela menina, Só queria viver. Seus olhos escondem, Ações de robô, Seu rosto, sua fronte, Também congelou. Seus passos caminham, Na rua tão só, Mas assim tão sozi

ÀS VEZES PARECEMOS TÃO FORTES...

Às vezes tão fortes parecemos, Veem gigantes quando olham para nós, Porém somos os únicos que sabemos, O quanto está entalada nossa voz. É difícil lágrimas segurar, Quando a dor grita ao ouvido, E a gente quer também gritar, Porque a guerra não aceita feridos. E quando nos olham, Dizemos que está bem, E nosso rosto não se molha, Porque a dor ensina a fingir também. Às vezes é aquele abraço, Que desperta nossa dor, E fugimos do carrasco, Daquilo que um dia chamamos de amor. Às vezes é um sorriso, E um olhar bem mais sincero, É o que mais preciso, E na verdade eu nunca espero. Não sou tão forte quanto pareço, Sou frágil como porcelana, É que às vezes eu esqueço, Que a si mesmo não se engana... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/