Pular para o conteúdo principal

AINDA É TARDE?


Me diz se já é tarde,
Pra talvez voltar atrás,
Me diz que dores eu não guarde,
Me diz pra não chorar nunca mais,
Que o passado não se apague,
Que o agora, agora não se faz.

Se já é tarde pra temer,
Ter medo de se ferir,
Se eu não conseguir lhe entender,
Perdoe-me se eu não estiver ai,
Quando me quiser você,
Eu já terei que partir.

Quando eu for embora,
Você verá que era cedo,
E pensar que agora,
Ainda levo um segredo:
"Todas os segundos e horas,
De te perder eu tenho medo."

Se não sou perfeito,
Isso não importa!
Pra mudar tem jeito?
Então me mostra,
No centro de meu peito,
Bate um coração que de ti tanto gosta.

Eu talvez não precise,
Na verdade, de você,
E você não se decide,
Eu te fiz importante em meu viver,
E por que você insiste?
Se não consegue me entender?

Se preciso me esqueça,
Se necessário me apague,
Talvez eu não te mereça,
Somente não me aguarde,
Talvez eu não apareça,
Aquela carta, se quiser rasgue.

Rasgue! Apague meus sentimentos,
Isso não tem importância,
É só o que tinha aqui dentro,
Minhas atitudes ainda são de criança,
Deixe que me leve o vento,
Deixa, minha eterna infância.

Se não tenho esse rancor,
Se eu tenho medo do amanhã,
Eu prefiro o agora, amor!
Eu não vivo coisas vãs,
Eu guardo aquela flor,
Eu da vida? Sou eterno fã!

É tarde ainda? Me diz!
Será que não é verdade?
É melhor lutar pra ser hoje feliz,
Do que sonhar e não ser realidade,
Tudo que a gente sempre quis,
E amanhã ser eu, sozinho, e a saudade?...

Autor: Oziel Soares de Albuquerque
www.ozielpoeta.blogspot.com/

Comentários

Sirlei disse…
Olá Oziel... Vc tem um poema sebre escotismo.
Eu tenho um primo Chef de escotismo que foi assassinado.
Seu texto é Lindo!
Então pegueu e postei pra ele no meu blog e no meu orkut, mas deixando bem claro, que o autor é vc e não modifiquei nada.
As suas palavras são lindas e devem ser vists por muita gnt, mas se vc não deixar eu retiro, ok?
Fica com DEUS!
qq coisa me add no msn: arwem_@brturbo.com.br

Postagens mais visitadas deste blog

A GENTE PRECISA DE TÃO POUCO PARA SER FELIZ!

Sabe... A gente precisa de tão pouco para ser feliz! Tão pouco para se sentir amado! A vida é deveras simples, mas complicamos tanto. Exigimos tanto do outro, exigimos tanto de nós mesmos. Insistimos tanto em errar, mesmo quando ouvimos um conselho de um amigo que dizia que aquele não era o caminho. Entenda... Tem coisa que não se precisa viver cem anos para se aprender. E tem coisas que nunca aprenderemos. Além disso, tem coisas que nunca viveremos. Nem todos iremos à lua, como nem todos são felizes facilmente. Para que ver a lua de perto, tocá-la, pisá-la? Se ela é tão bonita vista de longe! Às vezes a nossa felicidade já está na porta, mas sempre olhamos para aquela que não temos. Sempre estamos correndo atrás de coisas tão passageiras. Para que tanto dinheiro? Se a vida acaba em menos de um segundo! A gente tem tantos colegas e tão poucos amigos. Conhece tantas mulheres, mas só precisa de uma para ser feliz. Conhece tanta coisa e parece não saber de absolutamente nad

AQUELA MENINA...

Aquela menina Com os braços cortados, Tem medos, segredos, E também um passado. Ela não escolheu, Ou tão pouco pediu, Apenas sofreu, E essas marcas nem são do que mais lhe feriu. São marcas expostas E ela não pode apagar, Tem coisas que a gente não gosta, Mas na vida é o que há. Quem vê não entende, Às vezes só julga, A cicatriz só lhe prende, A lembrança não muda. E agora a cura, Só o tempo trará, A vida é loucura, Não queira ir pra lá. Seus medos guardados, São meus também, A menina e seu fardo, Não se vê um alguém. Ela se olha no espelho, E não vê quase nada, Elogiam o cabelo, Ela ri, mas se abala. Não queria ser vista, Na rua notada, Tem na mente uma lista, Em uma folha amassada. São os sonhos que tinha, Ou talvez ainda tem, Por fora rainha, Por dentro é ninguém. Ela ainda respira, E não sabe o porquê, É que aquela menina, Só queria viver. Seus olhos escondem, Ações de robô, Seu rosto, sua fronte, Também congelou. Seus passos caminham, Na rua tão só, Mas assim tão sozi

ÀS VEZES PARECEMOS TÃO FORTES...

Às vezes tão fortes parecemos, Veem gigantes quando olham para nós, Porém somos os únicos que sabemos, O quanto está entalada nossa voz. É difícil lágrimas segurar, Quando a dor grita ao ouvido, E a gente quer também gritar, Porque a guerra não aceita feridos. E quando nos olham, Dizemos que está bem, E nosso rosto não se molha, Porque a dor ensina a fingir também. Às vezes é aquele abraço, Que desperta nossa dor, E fugimos do carrasco, Daquilo que um dia chamamos de amor. Às vezes é um sorriso, E um olhar bem mais sincero, É o que mais preciso, E na verdade eu nunca espero. Não sou tão forte quanto pareço, Sou frágil como porcelana, É que às vezes eu esqueço, Que a si mesmo não se engana... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/