Pular para o conteúdo principal

SE EU MORRESSE HOJE...


Se eu morresse hoje, eu teria menos chance do que já tive ontem, do que já tive sempre.
Se eu morresse hoje haveriam mil motivos para chorarem ao meu lado.
Mil palavras que nunca ouvirei serem pronunciadas.
Haveriam mil perguntas, só não sei se mil respostas.
Mil abraços. Mil silêncios.
Mil lágrimas tomariam o lugar de mil sorrisos que ainda espero ver.
Mil flores tomariam o lugar de apenas uma rosa que poderia ser plantada no meu jardim.
Mil adeus para quem não mais ouve um "bem vindo".
De mil em mil se somaria em nada, ou só mais um.
Mais uma história. Mais um fim. Um peregrino. Um louco.
Talvez um sábio. Com certeza um mendigo. Um vagabundo. Pó e cinza.
Se eu morresse hoje o seria o mesmo, por que sempre o foi.
O maldito mundo de crianças sem pai, mãe, oportunidade, vida.
Esse mundo continuaria existe da mesma forma que hoje.
O mesmo hoje no qual eu poderia ter morrido...

Autor: Oziel Soares de Albuquerque
www.ozielpoeta.blogspot.com/

Comentários

Anônimo disse…
bom, não sei o que aconteceria se neste mundo não existisse
você e suas palavras. talvez poderia ser o mesmo
sem mais ou sem menos. porem pessoas que lhe conhece hj sentiria
falta de poder conhecer alguém como vc. palavras de reflexão são as suas.
sucesso. e EXCELENTE a postagem.

up: Aluna. L.B

Postagens mais visitadas deste blog

A GENTE PRECISA DE TÃO POUCO PARA SER FELIZ!

Sabe... A gente precisa de tão pouco para ser feliz! Tão pouco para se sentir amado! A vida é deveras simples, mas complicamos tanto. Exigimos tanto do outro, exigimos tanto de nós mesmos. Insistimos tanto em errar, mesmo quando ouvimos um conselho de um amigo que dizia que aquele não era o caminho. Entenda... Tem coisa que não se precisa viver cem anos para se aprender. E tem coisas que nunca aprenderemos. Além disso, tem coisas que nunca viveremos. Nem todos iremos à lua, como nem todos são felizes facilmente. Para que ver a lua de perto, tocá-la, pisá-la? Se ela é tão bonita vista de longe! Às vezes a nossa felicidade já está na porta, mas sempre olhamos para aquela que não temos. Sempre estamos correndo atrás de coisas tão passageiras. Para que tanto dinheiro? Se a vida acaba em menos de um segundo! A gente tem tantos colegas e tão poucos amigos. Conhece tantas mulheres, mas só precisa de uma para ser feliz. Conhece tanta coisa e parece não saber de absolutamente nad

AQUELA MENINA...

Aquela menina Com os braços cortados, Tem medos, segredos, E também um passado. Ela não escolheu, Ou tão pouco pediu, Apenas sofreu, E essas marcas nem são do que mais lhe feriu. São marcas expostas E ela não pode apagar, Tem coisas que a gente não gosta, Mas na vida é o que há. Quem vê não entende, Às vezes só julga, A cicatriz só lhe prende, A lembrança não muda. E agora a cura, Só o tempo trará, A vida é loucura, Não queira ir pra lá. Seus medos guardados, São meus também, A menina e seu fardo, Não se vê um alguém. Ela se olha no espelho, E não vê quase nada, Elogiam o cabelo, Ela ri, mas se abala. Não queria ser vista, Na rua notada, Tem na mente uma lista, Em uma folha amassada. São os sonhos que tinha, Ou talvez ainda tem, Por fora rainha, Por dentro é ninguém. Ela ainda respira, E não sabe o porquê, É que aquela menina, Só queria viver. Seus olhos escondem, Ações de robô, Seu rosto, sua fronte, Também congelou. Seus passos caminham, Na rua tão só, Mas assim tão sozi

ÀS VEZES PARECEMOS TÃO FORTES...

Às vezes tão fortes parecemos, Veem gigantes quando olham para nós, Porém somos os únicos que sabemos, O quanto está entalada nossa voz. É difícil lágrimas segurar, Quando a dor grita ao ouvido, E a gente quer também gritar, Porque a guerra não aceita feridos. E quando nos olham, Dizemos que está bem, E nosso rosto não se molha, Porque a dor ensina a fingir também. Às vezes é aquele abraço, Que desperta nossa dor, E fugimos do carrasco, Daquilo que um dia chamamos de amor. Às vezes é um sorriso, E um olhar bem mais sincero, É o que mais preciso, E na verdade eu nunca espero. Não sou tão forte quanto pareço, Sou frágil como porcelana, É que às vezes eu esqueço, Que a si mesmo não se engana... Autor: Oziel Soares de Albuquerque www.ozielpoeta.blogspot.com/